quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Final do BBB - Sabedoria é poder

Quantos não foram os sucessos que vimos acontecer e que, assim como apareceram, da mesma maneira sumiram? Lembro-me de assistir na TV, certa vez, ao depoimento de uma mãe que dizia torcer para que o filho fosse bom em futebol e que, estudar, ela nem fazia muito questão que o menino estudasse já que, quem ganhava dinheiro nesse país eram os jogadores de futebol... Está tudo errado – e muito errado por aqui...! Já vivemos no século XXI e é tempo de revermos algumas coisas que não funcionaram da melhor maneira ao longo do século XX. A fama, o dinheiro – tudo isso é efêmero – e se chegam àqueles que não têm efetiva sabedoria para administra-los, vão-se embora como vieram. Quanto ganhadores de prêmios absurdo em loterias não são hoje ainda mais pobres (ou mais endividados) do que antes de receberem seus prêmios? Quantos artistas ascenderam – e sumiram – rapidamente porque não dispunham de talento efetivo para dar continuidade à fama alcançada?
Agora é hora de observarmos mais atentamente à segunda parte de BigBrother Brasil... Aqueles participantes que conseguiram a notoriedade com o programa e que, efetivamente, tiverem com o que contribuir, tiverem talento, estes sim, receberam a ajuda que lhes faltava na vida com o programa. Quem não tiver o que dizer, ou não conseguir mostrar a que veio, usufruirá a notoriedade durante um período e, passado esse período, voltará a viver sua vida normal e, espero, sem traumas pois não possuía lastro verdadeiro para sustentar a exposição conseguida com o programa... Aconselho às pessoas a que aprendam outros idiomas, aconselho as pessoas a conhecerem a forma de outros povos viver e, às vezes, sou questionada por alguns que me perguntam - Por quê aprender inglês e usa-lo com um estrangeiro aqui no Brasil se, quando viajo para os Estados Unidos, por exemplo, tenho que falar o idioma deles senão não sou atendido? E a pergunta tem resposta: conhecimento é poder – em terra estranho falo o idioma deles, na minha terra também – quem será que tem efetivo controle sobre quem nessas circunstâncias?...
Sucesso é conhecimento, sucesso é realização profissional – quem faz o que gosta, tende a faze-lo mais bem feito.E quem faz mais bem feito é usualmente mais notado.E o que é mais notado tem mais chance de sobressair-se. E crescer e “chegar lá”. Sucesso é ser bem recebido, onde quer que você vá. É sentir que as pessoas sentem prazer efetivo em conviver com você. É perceber que você, ao longo da vida, conseguiu transmitir a outras pessoas valores que têm solidez e que serão retransmitidos a outros, que transmitirão a outros tantos... Sucesso é poder deitar a cabeça em nosso travesseiro, à noite, e conseguirmos dormir o “sono dos justos”.
Betinho, o nosso insubstituível sociólogo foi – e é – um sucesso; Irmã Dulce, na Bahia, da mesma forma; Ghandi, Madre Teresa de Calcutá. Assim como Bill Gates, Barbra Streisand, Robert Redford, Antonio Fagundes, Fernanda Montenegro, Antonio Ermírio de Moraes, Sílvio Santos, Roberto Marinho. E outros tantos conhecidos – e desconhecidos também. Nossa lista é uma mistura de ricos, pobres, vivos e mortos – e todos, sem exceção são um sucesso ainda hoje... Você concorda comigo? 
Que passemos a valorizar o que tem real e efetivo valor: a obra realizada, o conhecimento da pessoa. O que cada um recebeu como remuneração é simplesmente resultado de um trabalho bem feito, de uma obra de valor – notoriedade e dinheiro – algumas vezes são as conseqüências! 
Autora: Célia Leão (www.etiquetacelialeao.com.br), publicado com autorização.

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