Reflita antes de julgar alguém!

Em recente entrevista ao jornal Hoje, da Rede Globo, o assunto eram as festas corporativas - com o fim do ano chegando, as festas têm início e, entra ano e sai ano, há sempre aquele grupo de profissionais sem noção que acabam por queimar o seu filme por conta dos excessos - excesso de bebida, excesso de produção na vestimenta; excesso de sensualidade em sua dança.

E, brincando com a jornalista, eu disse que dançar um funk ou fazer um movimento de dança do ventre pegaria mal em uma festa corporativa porque, seguramente, os colegas iriam olhar para você e se lembrarem com muito entusiasmo, de seu "requebrado sensual".

Foi o que bastou para algumas pessoas postarem opiniões exaltadas no Twitter defendendo a Dança do Ventre com unhas e dentes.

Gente, não é assim que as coisas são! A dança do ventre é uma arte que é parte da cultura de alguns paises árabes: a roupa é especial e a ambiência onde ela acontece também.

Você iria vestida com uma roupa específica para a dança do ventre numa festa corporativa???

Para tudo existe hora e lugar e se a festa de sua empresa acontecesse em um restaurante árabe onde parte do show é um espetáculo de Dança do Ventre, sei que você aplaudiria mas, finalizado o show, estou certa que não sairia repetindo qualquer daqueles movimentos sensuais no meio do salão, é ou não é?

O preconceito está na cabeça daquele que te julga - se eu mencionasse o rebolado de uma passista de samba será que alguém gritaria com esta mesma intensidade?

É claro que não: a passista faz bonito na avenida, durante um desfile no Carnaval. Igualzinha à dançarina que estuda dança do ventre: com a vestimenta adequada, no local adequado, tudo certo!

Mas, sigo dizendo aqui, na festa corporativa de sua empresa, o melhor é dançar de forma moderada e deixar que as pessoas descubram suas habilidades artísticas num outro momento. E num outro contexto!!

Quem avisa, amigo é. Viu???

Autora: Célia Leão (www.etiquetacelialeao.com.br), publicado com autorização.