Acabei de ser convidada para jantar hoje com amigos queridos, vizinhos do prédio onde resido. Uma família adorável, divertida, que transborda bom humor e amor.
E que, segundo palavras do marido, segue agindo à moda antiga - ali quem paga tudo é o homem e acabou! (as bobalhonas feministas devem se horrorizar, não é mesmo? Ou será que quando o quesito é "botar a mão no bolso" elas suavizam o discurso inflexível?... 🤔😂). Como já sei que eles são assim, nem insisto mais para colaborar na despesa, porque fazer isto seria prestar pouca atenção ao que diz o dono da casa e, da mesma forma, desrespeitar valores que são dele.
E aí me lembrei de um outro jantar pós-cinema que me foi absolutamente indigesto e nada divertido. Quando saímos do espetáculo eu estava indisposta e, desde o início, algo lá dentro de mim dizia " vá para casa". Insisti, teimei e decidi ficar. Resumo da ópera: eu jantei um spaghetti na manteiga e água tônica; os demais da mesa degustaram camarões, pediram Chardonnay para beber. E eu paguei por tudo isto! E fiquei furibunda, confesso!
Assim, o jeito certo de se dividir a conta é o seguinte:
- Se você consumiu um vinho caríssimo, degustou camarões VG preparados de maneira régia e sua companhia fez um pedido mais simples e mais barato, some tudo o que você consumiu, acresça a este valor alto os 10% que usualmente pagamos pelo serviço e o que restar da despesa cabe à sua companhia mais contida pagar.
- Se você saiu em casais e ambos os casais consumiram mais ou menos a mesma coisa e dividiram a(s) garrafa(s) de vinho pedida(s), mais que justo que a conta seja dividida ao meio sem problema algum.
O que não pode é fazer com que os outros paguem pelos seus luxos e suas extravagâncias, isso não pode mesmo!
Porque, além de indelicado, é pouco ético. Como dizia meu querido e sábio pai, "que cada um arque com as despesas de seus luxos".
Se for sair com amigos neste feriado prolongado, lembre das dicas e faça o certo. Para fazer bonito.
Célia Leão
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