domingo, 17 de março de 2019

Dia de saudade


Essa semana, como acontece sempre nesta época do ano, foi um mix de alegria e de pensamentos saudosos.
Minha mãe, feliz da vida celebrou comigo e com as pessoas especiais que me ajudam a cuidar dela, seus 91 anos, no dia 12.
No dia seguinte, 13/3, meu pai celebraria seu aniversário: o divertido e insubstituível « seu Leão » teria completado 94 anos.
Sei que os desígnios de Deus devem ser aceitos e não necessariamente compreendidos por nós. Mas sigo aqui, pensando que meu pai se foi muito cedo, aos 76 anos, e que eu queria ter tido a chance de rir mais ainda com ele, de ouvir as divertidas filosofadas que ele dava e, ironia das ironias, quando aprendi a apreciar um bom whisky, ele já não estava bebendo mais nada...
E hoje, 17/3, minha irmã celebraria o seu aniversário: outra partida meio incompreensível, porque ela se foi muito cedo e ainda tinha muito o que viver, aproveitar e aprender por aqui.
E a nossa família nuclear, que nunca foi muito grande, está reduzida à minha mãe e eu.
Dizem os espiritualistas que a quem vive sua última encarnação terrena, encarna no signo de Peixes, o último signo do zodíaco. 
E uma vez me disseram que minha família nuclear era assim composta porque todos nós, de alguma maneira, escolhemos ser esta família: todos somos do signo de Peixes.
Se assim for, creio que um dia estaremos todos reunidos novamente. Para rir, brigar, brincar, conversar. E amarmos uns aos outros como era por aqui...
Por ora, estão comigo minha mãe divertida e bem querida, minhas boas lembranças e minha saudade imensa do tempo em que éramos quatro. 
Porque nós éramos felizes. E sabíamos!
Célia Leão

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