sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Na dificuldade conhecemos os verdadeiros amigos


Essa é uma grande verdade; posto isso, que tal refletirmos sobre que espécie de amigos temos sido?

Na época da doença de meu pai, acabei me afastando de uma pessoa que se dizia minha amiga, mas somente enquanto eu a convidava para jantares em lugares badalados, quando lhe pagava viagens e lhe acudia em momentos de desequilíbrio. O tempo passou, me afastei da pessoa e, não me perguntem porque, acabei me reaproximando dela.

E novamente uma dificuldade foi o que me mostrou que o pau que nasce torto morre torto.

Que não sejamos como essas pessoas que só estão ao redor do outro enquanto aquele lhe oferece convites e vida boa.

Que façamos com os que nos são próximos exatamente aquilo que gostariam que fizessem conosco em tempos de dificuldade.

Faça-se presente, estenda a mão a quem precisa, ouça o amigo carente, esforce-se por ajudar a quem lhe pede: porque amigo que é amigo não foge e nem lhe dá as costas quando a dificuldade atravessa seu caminho.

Eu me cansei dos fariseus que se aproveitavam do que eu podia lhes oferecer.

As dificuldades também têm seu lado bom: elas podem servir como uma grande peneira onde restam somente aqueles que, independentemente de seus problemas, de sua conta bancária ou de seu sucesso, permanecem ao seu lado, sólidos como rochas.

Hoje afirmo que conheço muita gente, mas tenho poucos amigos de fato.

Porque amigo que é amigo não larga sua mão quando você precisa de ajuda para se levantar. 

E mais, amigo é aquele que critica você na sua frente e que o defende com unhas e dentes pelas suas costas.

Estes devem ser preservados. 

O resto a palavra já diz tudo: o resto é o resto.

Aos meus amigos, meu muito obrigada. E aos que tiraram a máscara e mostraram sua verdadeira face, meu agradecimento também - acho que o melhor da vida é viver bem, sem amargura e nem rancores, mas sabendo direitinho quem é quem...

Célia Leão

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