domingo, 4 de março de 2012

Enquadrando os outros sem perder a classe...


Ontem aconteceu um mal-entendido abaixo de um dos meus posts do Facebook - uma brincadeira foi mal interpretada e acabou despertando uma reação meio forte por parte de uma das pessoas que é parte de minha rede de conhecidos. 
Tentei encerrar a discussão chamando a atenção desta pessoa para o seguinte – sempre, sempre, por mais que a razão seja nossa, se gritarmos ou nos descontrolarmos, acabamos por perdê-la completamente.
Algumas pessoas acham que podem me cobrar uma atitude não-reativa sempre aludindo ao fato de que eu trabalho com Etiqueta: já reparei que as poucas pessoas que se agarram a este argumento, o fazem todas as vezes que, de alguma maneira pisaram na bola e não querem nem ouvir o que precisa ser dito e nem arcar com as consequências de seus atos... 
Sou muito ciente de todas as responsabilidades que são minhas; sou muito atenta às minhas atitudes, escolhas e postura. 
Mas, trabalhar com polidez e com comportamento não é sinônimo de santidade 100% e nem de falta de reação. Se algo aconteceu que mereça ser retrucado, faço isto. Mas jamais perco a calma!
Dia destes, num restaurante aqui próximo de casa - a Mercearia do Francês - estávamos, meu marido e eu começando a fazer nossas escolhas quando o garçom que servia a nossa mesa, cheio de falsa simpatia, sugeriu um vinho para acompanhar nossa refeição. E quando perguntamos a ele o valor do vinho sugerido, ele nos informou que o vinho custava um pouco mais que R$100.
Diante do meu espanto, ele respondeu que aquele vinho não era caro e que a casa oferecia garrafas muito mais caras que aquela.  Não tive dúvidas e disse a ele que ele deveria estar ganhando muito bem para não achar cara uma garrafa de vinho de mais de R$100...
Meu amigo Leandro, que reside em Petrópolis, me contou que uma garrafinha de água, nas proximidades do Museu Imperial é vendida a R$6,00 contra os R$2,00 de preço usual.
E alguns ainda tentam me convencer que é feio reclamar.
Feio? Feio mesmo é você, por insegurança, se deixar explorar por estes comerciantes que não se contentam apenas em ganhar: querem é ganhar muito às nossas custas.
Reclame sim – você sabe quanto custa ganhar cada centavo de seu salário; dê valor ao seu trabalho e ao que conquista com ele e não se deixe explorar por negócios, por marcas, por qualquer coisa que lhe pareça ter perdido a razão e o bom senso.
“O dinheiro não tolera desaforos” - ditado antigo e cheio de razão!
Autora: Célia Leão (www.etiquetacelialeao.com.br), publicado com autorização.

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