sábado, 15 de junho de 2013

Livros, meus primeiros amigos na vida



Sou a primeira filha de meus pais e nasci em pleno Carnaval. Minha mãe conta que meu pai, tão logo  soube que eu havia nascido, saiu em busca de um presente. E, quando voltou, trouxe consigo o primeiro dos presentes dele para mim ao longo da vida: um exemplar lindíssimo de A Divina Comédia, de Dante Alighieri (1265-1321). Depois dele, vieram muitas coleções: Mundo Infantil, Tesouro da Juventude, Contos de Grimm etc.
Na rica criatividade de meus cinco anos, pedi a uma tia, professora, que me ensinasse a ler o que os livros bonitos da coleção Mundo Infantil traziam: como toda criança, eu escolhia sempre os mesmos contos, na esperança de que um dia o final da história seria outro.
E me imaginava lograda pelos adultos que, ao final da mesma história, contavam-me sempre o mesmo fim!
Fui alfabetizada antes da hora e pude constatar, eu mesma, que o final das histórias era mesmo sempre o mesmo.
Mas andar com minhas próprias pernas e ler com meus próprios olhos me permitiram viajar por minhas tantas coleções de livros, acompanhar meu avô amado em sua leitura diária do jornal.
Desde então, por aqui nunca tem solidão e nem tempo desperdiçado de maneira inútil. Os livros – e agora os e-books – são meus companheiros em meus muitos dias distante de casa e sem a companhia dos familiares mais próximos; os livros seguem sendo meu material de referência para entender e estudar hábitos e costumes; é fonte de inúmeras palavras sinônimas que enriquecem e tornam meus textos mais interessantes a meus leitores.
Quem lê fala com mais fluência e escreve de forma mais correta. Quem lê é mais informado e tem mais assunto. E quem é mais informado e tem mais assunto é sempre uma pessoa mais interessante.
Agradeço sempre por ter tido o privilégio de nascer em uma família de leitores entusiasmados e vorazes – tenho certeza que isso fez de mim uma pessoa melhor, mais articulada, com raciocínio mais “afiado” e mais discernimento.
Peço sempre a Deus que me privilegie com saúde, que conserve minha capacidade de raciocinar e minha boa visão. Com isso, seguirei vivendo na companhia de meus amigos, os livros, até quando Ele quiser!
Autora: Célia Leão (www.etiquetacelialeao.com.br), publicado com autorização. 
Agradecimento: Sidnei Manoel Ferreira - Blog Tabacaria

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