quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A etiqueta do dinheiro


Quem nunca passou por nenhuma saia justa em relação a dinheiro? Algum bisbilhoteiro que quis saber o seu salário, algum mala que passou semanas dizendo que estava sem nada na carteira e quis emprestado, algum parente em que você não confia que te pediu empréstimo.
Não é simples sair de situações assim, mas, como acontece com quase tudo na vida, com um pouco de jogo de cintura a gente chega lá. Expert em gentilezas, a consultora de etiqueta social e marketing pessoal Célia Leão dá as dicas de como agir na entrevista abaixo. Aprendamos com ela. 

POUPADORAS: Perguntar o salário pode? 

CÉLIA LEÃO: Não. Muita gente adora saber dessas coisas, acha que dinheiro pega, é contagioso. Mas eu acho muito indelicado. Meu pai, preocupado comigo quando eu era mais jovem, costumava me perguntar se estava tudo bem com o meu trabalho. Quando eu respondia que sim e que estava ganhando melhor, quase contando quanto era, ele dizia "nem me diga, eu não quero saber". 

P: É chato perguntar a alguém que você acabou de conhecer o que aquela pessoa faz, qual a profissão? 

CL: Não acho. Perguntar com que o outro trabalha até ajuda a aproximar, ajuda a descobrir coisas em comum. 

P: Como negar um pedido de empréstimo a um parente? 

CL: Simplesmente dizendo que não tem. Agora, se decidir emprestar, é melhor fazer de conta que você pode dar o dinheiro pedido para aquela pessoa. Ou seja, saiba que pode não receber. Isso ajuda a evitar problemas no futuro. 

P: É chato pedir de volta o dinheiro emprestado?

CL: De jeito nenhum, o dinheiro é seu. Apenas esteja preparado para ouvir que aquela pessoa não pode te pagar naquele momento. 

P: Como lidar com aquelas pessoas que vivem dizendo que estão sem dinheiro na carteira e te pedem pequenos valores sem nunca devolver? 

CL: Diga que não tem. E que naquele dia esqueceu de trazer dinheiro você também. O problema é que esses golpistas sabem que é organizado, né? Mas o importante é ir cortando esse tipo de abuso. 

P: É feio dar dinheiro de presente para pessoas muito próximas? Como irmãos, por exemplo? Ou parentes que vão casar?

CL: Não acho. Pode dar sem problemas. Feio é pedir dinheiro de presente... aí não dá. 

P: Em matéria de etiqueta, dinheiro rende muita gafe? 

CL: E como. Muita gafe e muita bajulação. Mas o importante é a gente lembrar que deve valorizar as pessoas pelo que elas são, não pelo que elas têm. E lidar com isso com todo o cuidado. Dinheiro pode ser sinônimo de muita encrenca sim. 
Por Isabela Barros - Site Poupadoras

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