domingo, 23 de setembro de 2018

A liturgia do cargo e as escorregadas da Duquesa de Sussex...


Há três dias Meghan Markle, ou a nova Duquesa de Sussex, ou ainda a esposa do Príncipe Harry, causou polêmica na Inglaterra por conta de sua falta de protocolo - e das regras todas que são exigidas de todos que são parte da Família Real Britânica.
A princesa-atriz-americana está começando mal e, segundo soube, parece que ela já não é mais muito querida pelos ingleses, por conta de suas maneiras, já explicando antes que os mimimizentos politicamente corretos comecem a dizer que é por conta de sua ascendência afro-americana.
Outro assunto que lhe rendeu críticas é seu aparente total desligamento de seu pai. Porque, ao que tudo indica, seu pai fez muito por ela. Antes de se casar, ela postava elogios à pessoa dele. Hoje, estranhamente, tudo gira em torno de sua mãe tão somente. Estranho, não? 
Acho que anda faltando à moça conscientizar-se do papel que lhe cabe na liturgia de seu cargo...
O que é LITURGIA DO CARGO?
Pois então, esta é uma expressão adequada para expressar o comportamento que se espera de ocupantes de cargos públicos e, que assim como a ética, deveria ser um conceito natural, de fácil percepção e de entendimento por todos os que recebem a missão de representar ou conduzir os demais cidadãos de forma pública.
Ou seja, Mrs, Markle deveria saber que, ao fazer parte da Familia Real Inglesa, algumas coisas são esperadas e exigidas dela, quer ela concorde ou não.
Primeiro, o Príncípe Harry a precede em todas as cerimônias públicas: é assim com a Rainha Elizabeth e o Principe Phillip; é assim com William e Kate Midleton. E por que será que ela acha que com ela seria diferente?
Quando li os comentários do jornalista Piers Morgan e de muitos outros cidadãos ingleses, senti que as coisas com Meghan Markle e a Inglaterra não andam muito boas - teria sido o fato dela ter trazido a mãe para morar mais perto dela o primeiro sinal?
Me espantei com a falta de atitude do Príncipe Harry também que, por mais apaixonado que esteja, deveria auxiliar a esposa na tarefa de inserir-se em protocolos.
Não sei porque cargas d'água esse amor me lembrou o amor de Wallys Simpson (outra americana!) e o Principe Edward, o Príncipe de Gales que, no fim das contas, abdicou do trono inglês para se casar com a divorciada. E viveu meio amargurado, no exílio, até o final de seus dias, querendo obter o perdão de sua mãe, a Queen Mary, enquanto ela viveu. 
Que Harry se cuide. E saiba se impor: Noblesse Oblige e se a esposa cair nas más graças do povo inglês, não há muito o que possa ser feito.
Porque tudo o que o povo quer é que ela honre a monarquia da qual ela é parte e faça tudo de acordo com o que dita o protocolo.
E cada um de nós? Como será que andamos encarando nossa parte na Liturgia do Cargo que nos cabe?
Vejo chefes sem postura alguma, querendo ser "amigo" de seu time de liderados. Nada disso, você está ali para ser o exemplo que seu time tem que seguir.
Vejo pais e mães querendo ser amigos íntimos de seus filhos.
Nada disso, vocês têm como principal responsabilidade educar e formar seus filhos. E esse papel obriga a que, muitas vezes, muitos nãos e mais firmeza se interponham na relação...
Vejo empresas flexibilizando de maneira absolutamente errônea com as políticas internas, a fim de agradar e satisfazer a tal geração "Z", cheia de impetuosidade, com falta de comprometimento e de resiliência para suportar frustrações e o tempo que as evoluções demandam...
Nada disso!!! Talvez tenha sobrado para as empresas "enquadrar" a turma dessa geração, já que nem pais e nem a escola tomaram para si esta responsabilidade.
Vejo supostos educadores postando coisas pelas redes sociais recheadas de palavrões e de expressões chulas. Como assim?
Você é educador ou um deseducador?
Pois é, anda faltando a todos nós refletir um pouco mais sobre a liturgia que cabe ao nosso cargo ou à nossa função.
Porque, no fim das contas, estas pequenas imposições existem a fim de deixar relacionamentos mais bonitos e mais cheios de cuidado...
Célia Leão

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