Que a tecnologia sirva você, mas não o escravize a ela...

Hoje enquanto dirigia me fiz esta pergunta. Porque agora, para ser bom motorista não basta seguir a lei, saber manejar seu veículo e ainda contar com a intuição e a sensibilidade para adivinhar o que os outros motoristas farão.

Além disso tudo, agora precisamos redobrar nossa atenção com o bando de pedestres desavisados e sem noção que teimam em checar mensagens de WhatsApp enquanto caminham ou que se desligam do mundo com o par de fones de ouvidos sem se ater à mais nada a seu redor.

Abaixo alguns questionamentos que deveríamos nos fazer com mais frequência...

- Será que precisa caminhar e checar suas mensagens de WhatsApp ou suas páginas de redes sociais? 

Façam isto quando estiverem tranquilos, em suas casas, em seus espaços de trabalho (se as empresas assim o permitirem) ou ainda, bem acomodados no transporte coletivo que o levará a seu destino.

- Todos temos conhecimento do enorme número de roubos de celulares que acontecem em São Paulo e em outras cidades grandes.

Se quer evitar dissabores em sua vida, deixe seu smartphone bem guardado enquanto você estiver circulando por espaços públicos.

- Alguns fones de ouvidos conectados aos aparelhos nos permitem atender a ligações sem ter que, obrigatoriamente manter o smartphone em uma das mãos.

OK, melhor assim. Mas fale baixo: ninguém está interessado em ouvir as novidades de seu fim de semana, sua briga com o chefe ou quão canalha é o ex-marido de uma amiga sua, ok?

- Aos motoristas também valem as observações acima descritas: concentrem-se, dirijam. E divirtam-se com as inúmeras possibilidades que um smartphone nos traz quando chegarem ao seu destino final e seu carro já estiver estacionado e fora de operação...

Nada como valer-se da tecnologia e saber usá-la com equilíbrio, discernimento e parcimônia, não é mesmo?

Porque quem não o faz, quase sempre acaba sendo indelicado com as pessoas que o cercam (quer coisa pior que estar com alguém que insistentemente checa mensagens em seu celular?), correndo riscos desnecessários como pedestres, colocando em risco a vida e a segurança das pessoas como motoristas.

E, para coroar, quem não sabe usar com bom senso a tecnologia acaba é sendo um ser humano cafona, muito cafona.

Cafonérrimo...

Célia Leão