segunda-feira, 10 de maio de 2021

Menos dedos apontados


"DEVERÍAMOS OLHAR DEMORADAMENTE PARA NÓS PRÓPRIOS, ANTES DE PENSARMOS EM JULGAR OS OUTROS." (Molière)

Impressiona-me a rapidez com a qual julgamos os outros. E a forma implacável de fazer isto também.

Acabei de presenciar exatamente isso, num dos grupos do qual sou parte - visivelmente tratava-se de um erro de digitação e, para meu espanto, um outro membro do grupo já veio exaltado com um "pelo amor de Deus, isso até doeu em mim". Interferi no piti histérico, dizendo que eu acreditava ser um erro de digitação e que, para a dor eu sugeria Aspirina.

Meu Deus! Como tem gente pedante e arrogante nesse mundo, hein?

Cada vez mais me convenço que a tal "pandemia" não serviu em absolutamente nada para melhorar as pessoas: quem é bom, segue sendo bom e os seres humanos maus, arrogantes e beligerantes seguirão sendo exatamente da mesma forma.

Não devemos nos esquecer que, em primeiro lugar, a nós não cabe o papel de professores do mundo; em segundo lugar, errar é parte do caminho de todo aquele que tenta fazer algo ou nos contar alguma coisa boa e, em terceiro ugar, mas não menos importante - sempre que apontamos nosso indicador para outra pessoa, precisamos nos dar conta de que os demais quatro dedos da mão estão apontados em nossa direção.

Só quem é sinônimo de perfeição é Deus. Todos nós estamos sujeitos a erros e a enganos ao longo de nossa caminhada por aqui e, por isso, tolerância com os enganos e elegância ao tentar consertá-los é a melhor forma de viver bem com os que nos cercam e com aqueles que conosco interagem...

O mundo anda precisando de mais mãos estendidas. E menos dedos apontados.

Célia Leão

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