sábado, 10 de outubro de 2015

Meu avô, um dos meus grandes ídolos familiares

Hoje dia 10/10 seria aniversário de minha tia Eunice, uma tia muito querida e muito presente em minha vida, desde a infância até o final de seus dias - que bom que pude estar presente e, de alguma maneira, retribuir tudo o que ela fez por mim em vida!
Ela era, sem sombra de dúvida, uma das filhas mais devotadas a meu avô e uma de suas filhas prediletas!
E ele escolheu o dia de seu aniversário para descansar e falecer!
Meu avô sempre esteve tão presente em minha vida: com ele conheci a música erudita e refinei meus ouvidos; com seu exemplo me interessei pela leitura muito cedo e, aos cinco anos já lia meus livros de estória infantil sozinha!
Meu avô era um homem culto, elegante (nunca o vi sem gravata e o colete de seu terno, mesmo em casa!). 
Um homem refinado: por causa dele e de seu exemplo posso trabalhar de forma legítima com o assunto com o qual trabalho! 
Um homem rígido em seus princípios e valores, um homem muito religioso e muito devotado a cuidar de outros: mesmo aposentado, aos oitenta e poucos anos, me lembro dele saindo de sua casa para clinicar e atender aos carentes numa igreja próxima à casa dele!
Minha relação com ele era tão intensa e meu amor por ele tão grande que, em minha falta de sabedoria, decidi me afastar dele quando o percebi mais velho, com medo de sofrer demais com sua ausência: que engano o meu!!!
Ainda bem que pude me redimir e estive ao seu lado e me fiz presente em seus últimos tempos de vida.
Até na morte ele me ensinou: me ensinou que dedicação, afeto e amor não devem ser economizados; que devemos estar o mais possível ao lado de quem amamos, a fim de que sintamos falta deles - e não culpa! - quando eles não mais estiverem conosco.
Por conta da lição, curti meu pai e estive ao seu lado ao longo de toda a sua enfermidade. 
E hoje faço o mesmo com minha mãe: abrir mão de meus domingos, estar à disposição dela e compreender com bom humor os problemas e as limitações que sua enfermidade lhe causam é a maneira que encontrei para expressar o quanto sou grata a ela pela vida que me deu, por tudo o que me proporcionou na vida. E até por suas falhas: posso vê-lal como mãe e como gente. Afinal, nem ela, nem eu e nem ninguém é perfeito!
Obrigada, vovô Onésimo - são 30 anos sem sua presença física, mas não se passa um dia em que não me lembre do senhor!!
A missa de hoje será em sua intenção e na intenção da tia Nice - que ambos tenham sempre Luz em seus caminhos!
Autora: Célia Leão (www.etiquetacelialeao.com.br), publicado com autorização.

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