Jura? Então sugiro duas coisas: troque seu presente; ou recicle-o e o dê a uma pessoa que irá gostar ou que nada tem e que fica extremamente feliz com o mínimo que receba.
E a segunda coisa é trate de ser uma pessoa mais educada, mais sensível e tente começar a enxergar "através do presente"...! Lembre-se que o presentinho ou a lembrança foi a forma que outra pessoa encontrou para te dizer o quanto você é cara a ela e o quanto ela gosta de você e quer lhe agradar.
Jamais se esqueça que as contas bancárias no mundo são absolutamente diferenciadas - de algumas pode sair um carro zero km, uma viagem deslumbrante, etc. E de outras, só pequenas lembranças.
Não interessa o valor do presente, mas a intenção daquele que presenteou você.
Anteontem presenteei Pedro, meu amado imperador com uma coisa que ele não gostou.
E porque não gostou, deu um piti enorme: nem me incomodei com seu piti porque ainda está para nascer um pirralho que me aborreça com suas birras.
Mas fiquei extremamente orgulhosa da bronca enorme que ele levou de seu pai - enquadrou-se em dois tempos e ficou bem bonzinho!
Fico feliz por saber que as crianças que amo tanto estão crescendo com limites; adoro pensar que se tornarão adultos emocionalmente maduros, com resiliência para as horas difíceis e inteligência emocional desenvolvida.
Porque, vez ou outra assisto a umas cenas protagonizadas por adultos que seguramente foram crianças criadas com mimos em excesso e limite-zero.
E morro de pena destes adultos mal educados e mal orientados, porque se tornaram pessoas desajustadas.
E fico mais feliz ainda por perceber que consegui passar a meu enteado noções de educação e de gentileza que serão passadas a seus filhos e que isto fará deles seres humanos melhores, mais gentis, mais ajustados e mais felizes. Porque é de gente assim que nosso mundo carece hoje.
E quero deixar este nosso mundinho querido um pouco melhor do que ele era quando cheguei...
Autora: Célia Leão (www.etiquetacelialeao.com.br), publicado com autorização.
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