quinta-feira, 28 de julho de 2016

Silêncio: É um luxo tê-lo ao nosso redor


Um dos salões de cabeleireiro mais chiques que já vi na vida se chama Carita e fica em Paris - além da história maravilhosa do empreendimento (primeiras mulheres donas de um salão de cabeleireiros de Paris.) 
Lá não existe buchicho, não existe conversa alta e nem conversa entre os profissionais: uma música instrumental num volume baixo é o "pano de fundo" para que você seja atendido e relaxe. E quando algum recado precisa ser dado ao profissional que o atende, ele é dado distante de você e numa voz absolutamente inaudível a qualquer outra pessoa que não seja quem precisa receber o recado.
Há um tempo alertei um destes meninos que se incumbem do som e da parte técnica dos eventos, porque assim que entrei na sala, o som foi às alturas. E era tudo o que eu não queria enquanto tentava me concentrar para a minha apresentação que aconteceria a seguir.... Que a música seja bem vinda e que ela até seja executada alguns decibéis acima do normal quando a ideia for "aquecer" ou "receber de maneira entusiasmada" a platéia que adentra o salão de convenções. Mas, tirando estes momentos "up", que a música seja de bom gosto e executada àquela altura de som ambiente de locais onde gente educada é quem gerencia tudo!
Por que morar numa cobertura de edifício é tão caro? Por que morar diante de um parque (ou no meio dele) custa tão caro?
Porque você sempre terá mais contato com a natureza, mais silêncio e mais privacidade.
Silêncio vale ouro, sob todos os aspectos: quem fala pouco é mais sábio, quem sabe ser discreto e guardar para si as confissões que outros lhe fazem é "ouro" em comportamento; quem fala baixo é chiquérrimo. 
Adoro a frase que diz "menos é mais": ela vale para moda, para comportamento, para atitudes.
Buzina não é campainha - ela existe para que, num curto toque você alerte um pedestre ou um outro motorista que precise ser alertado. Mais elegante é você descer do seu carro e tocar a campainha para avisar sobre sua chegada.
Não buzine para xingar quem quer que seja (aliás, xingue para você mesmo e não arrume confusão e nem desça dos saltos); não buzine pensando que ali existe algum poder mágico que vai fazer com que o trânsito flua com mais rapidez(se já é estressante estar preso a um congestionamento, fica duas vezes pior quando você está ao lado de um grosso mal educado!)
Ouça sua música num volume que não atrapalhe a quem está ao seu redor e nem os obrigue a aturar a escolha musical que é sua.
Não grite ao telefone, não fale alto pela rua - esta semana me dei conta do quão chato se torna andar quando atrás de você um bando de maritacas cafonas vem tagarelando em voz alta. Duro saber da vida de gente que você nem sabe quem é, e nem lhe interessa também.
Fale baixo no restaurante onde você está: seu direito termina onde o de seu vizinho de mesa começa.
Fale baixo em sua estação de trabalho - você não tem o direito de tornar o dia dos que o rodeiam menos produtivo e mais estressante...
Gente educada fala baixo. Gente elegante é sempre discreta. 
Lembre-se disto e, assim como eu, adote o "menos é mais" como um de seus lemas de vida...
Autora: Célia Leão (www.etiquetacelialeao.com.br), publicado com autorização.

*Tradução da placa abaixo: "Nós tomamos conta de seus sonhos…".

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