terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Rolha pedagógica


"Um supervisor pedagógico visitou uma escola fundamental. Em seu trajeto observou algo que lhe chamou a atenção: uma professora estava entrincheirada atrás de seu escritório, os alunos faziam a maior bagunça; o quadro era caótico. Decidiu, então, se apresentar:
- Com licença, sou o supervisor... Algum problema? 
- Estou completamente perdida senhor, não sei o quê fazer com estas crianças... Não tenho lâminas de apresentações, não tenho livros, o ministério não envia sequer o mínimo material didático, não tenho recursos eletrônicos, não tenho nada novo para lhes mostrar, nem o quê lhes dizer!
O supervisor, que era um docente de corpo e alma, viu uma rolha sobre o escritório, a tomou, e com serenidade oriental falou com as crianças:
- Alguém sabe o que é isto?
- Uma rolha! - gritaram os alunos surpresos.
- Muito bem. E de onde vem a rolha?
- Da garrafa. Uma máquina a coloca. De uma árvore. Da cortiça. Da madeira – respondiam as crianças animadas.
- E o que dá para fazer com madeira? – continuava entusiasta o docente.
- Cadeiras. Uma mesa. Um barco!
- Muito bem, Então teremos um barco. Quem se anima a desenhá-lo? Quem faz um mapa na lousa e indica o porto mais próximo para o nosso barquinho? Escrevam a qual Estado brasileiro corresponde. E qual é o outro porto mais próximo que não é brasileiro? A qual país corresponde? Alguém lembra que personagens famosos nasceram ali? Alguém lembra o que produz esse país? Por acaso, alguém conhece alguma canção desse lugar? -
E assim, começou uma aula variadíssima de desenho, geografia, historia, economia, música, etc. A professora ficou muito impressionada. Quando a aula terminou, comovida, disse ao supervisor:
- Senhor, nunca esquecerei a valiosa lição que hoje me ensinou. Muitíssimo obrigada!!!
O tempo passou. O supervisor voltou à escola e procurou pela professora. A encontrou novamente encolhida atrás de seu escritório, os alunos, outra vez, em desordem total.
- Mas, professora, o que houve? Lembra de mim? 
- Mas é claro, como poderia esquecê-lo? Que sorte que o senhor voltou! Não encontro a rolha. Onde a deixou?" (Autor desconhecido)
MORAL DA ESTÓRIA: 
QUANDO ALGUÉM NÃO TEM VOCAÇÃO PARA AQUILO QUE DEVE REALIZAR, NUNCA VAI ACHAR A ROLHA!
Autora: Célia Leão (www.etiquetacelialeao.com.br), publicado com autorização.

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