quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Fazer com Amor - Este é segredo do sucesso

Há uns meses atrás li um livro chamado "Deve ser bom ser você" - de Sidney Rezende, Ed. Futura. A revista "Você S/A" também frequentemente relata histórias de profissionais bem sucedidos e quais foram os caminhos que os fizeram "chegar lá".  Invariavelmente, a obstinação, a resistência a frustrações e a dificuldades, o investimento pesado e contínuo em conhecimento e informação são dados comuns a todas aquelas pessoas consideradas bem-sucedidas naquilo que fazem. E uma outra coisa comum encontrada em todos estes relatos é o prazer enorme que todos sentem no trabalho que desenvolvem.
O Comandante Rolim Amaro conseguiu fazer com que a TAM se agigantasse em pouco tempo porque o tempo todo estava envolvido em quase todos os processos da empresa e, lembro-me bem, todas as vezes que recebi dele as boas vindas ao entrar em um de seus aviões para uma viagem, sentia que o seu bom-dia e que seu sorriso vinham mesmo de seu coração. Como usuária frequente desta companhia até hoje, venho sentindo, a cada dia mais falta da presença do saudoso Comandante à frente de sua empresa porque sinto também que as coisas hoje já não são mais feitas com o mesmo amor que ele, o criador, dedicava à sua companhia - o que é, sinceramente, uma pena!
Lembro-me como se fosse hoje também, do momento em que tive de deixar o meu pai na UTI do hospital onde ele faleceu e, ao despedir-me dele avisei-o que o médico nos havia dito que ele passaria somente aquela noite ali sozinho e que, na manhã seguinte ele já seria transferido para um apartamento. Como havia ali bem próxima de nós uma enfermeira, lembro-me que sorri para ela, perguntei seu nome e disse a ele - "Fique tranqüilo, porque a Sra. Fulana vai ficar aqui e cuidar do senhor como um de nós faria". E, ao dizer isto, olhei para a tal enfermeira: ter olhado para um muro de concreto me causaria um efeito mais reconfortante. Saí de lá com o meu coração aos pedaços pois senti que meu pai estava ficando em mãos talvez tecnicamente bem preparadas mas com uma profissional absolutamente insensível ao momento ruim pelo qual ele passava.
Meu marido, algumas vezes presta serviço de aconselhamento profissional em uma empresa de recolocação profissional aqui de São Paulo e, junto com ele existe uma imensa equipe de psicólogas que fazem (ou deveriam fazer) a mesma coisa. E o curioso é que os clientes, quando retornam, se podem, querem somente ser atendidos por ele. E, comentando sobre o assunto dia desses descobrimos que isso ocorre porque as demais profissionais encaram aqueles clientes todos que as procuram como somente mais um caso e que meu marido, todas as vezes que atende a alguém se solidariza e demonstra empatia com a angústia, a tensão e todas as dúvidas que alguém desempregado está sentindo - daí o segredo da preferência por ele! A revista Cláudia do mês de outubro traz uma referência a um livro ainda não lançado no Brasil, escrito por um cardiologista (Stephen Sinatra) que diz que está cientificamente provado que fazer o bem acaba fazendo um bem maior àqueles que assim agem com riscos menores de sofrer de problemas cardíacos e males relacionados à pressão arterial. 
O que tenho percebido é que talvez a maioria das pessoas ainda não tenha se alertado a esse fato: fazer com amor o tudo aquilo que seja de nossa responsabilidade acaba por tornar o feito algo mais bem feito. 
Quantos não são os professores de primeiro grau com ojeriza a crianças? Quantos médicos não são hipocondríacos e se puderem, nem tocam em seus pacientes, por medo de contaminação? Quantas secretárias não invejam seus executivos o tempo todo? Quantos consultores de empresas não enxergam seus clientes e alunos como "aborrecimento"? Quantas não são as empregadas domésticas que têm verdadeiro ódio de suas patroas?
Pois é: se as coisas acontecem desta forma, dificilmente o sucesso chegará para estas pessoas porque tudo é feito, de um modo geral, "de qualquer jeito". Assim, sugiro a vocês que pensem bastante seriamente em qual grau de "bem querer" sua atividade profissional está em sua vida. Se há vestígio de descontentamento, talvez você não esteja exercendo a atividade profissional da qual goste muito. E é tempo de repensar sua vida e carreira e arriscar a atuar na área pela qual seu amor é mesmo grande! Somente assim, exercendo com amor - e muito amor mesmo - você atingirá sua melhor performance. E quando isso ocorre, certamente seu trabalho ou sua atividade profissional começará a chamar mais e mais a atenção dos que o cercam, do mercado profissional e suas probabilidades de sucesso aumentarão inúmeras vezes mais. 
Somente sendo um apaixonado por sua atividade profissional você conseguirá usar de empatia com quem quer que seja a sua clientela - e é esse calor humano que faz toda a diferença em serviços hoje em dia! Se você faz com amor o que faz, seguramente colocará gentileza em cada pequeno gesto seu ao longo de seu dia de trabalho - isso é elegância.
Aquele que trabalha somente visando o resultado financeiro ao final de seu mês usualmente frustra-se quando ele chega porque como a vida lhe "pesa" nos ombros ele trabalha menos motivado. Menos motivação traz piores performances e resultados não tão bons. E uma reação pior ainda por parte da pessoa que não percebe que isso tudo lhe acontece por sua própria culpa. Pense nisso. Faça com amor o que quer que tenha de ser feito por você: a comida terá outro sabor, a venda se dará muito mais facilmente, os doentes sob sua responsabilidade se recuperarão mais rapidamente, a equipe de pessoas subordinadas a você terá mais pique para levar a semana e o trabalho com entusiasmo. E você poderá até não ficar nacional ou internacionalmente conhecido, eventualmente não irá receber um Prêmio Nobel por sua atividade, pode até nem ficar milionário. Mas você certamente será um sucesso porque aquele que faz aquilo que gosta sempre enxerga sua vida pessoal e profissional como um sucesso. E sucesso é mesmo isso aí!
Boa semana - com atividades bem feitas, feitas com boa vontade e... com sucesso seguro também!
Autora: Célia Leão (www.etiquetacelialeao.com.br), publicado com autorização.

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