quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Festas de Final de Ano: Quem Convidar?


FESTAS DE FINAL DE ANO: QUEM CONVIDAR PARA COMEMORÁ-LAS COM VOCÊ?
Esta frase já foi mencionada por mim num artigo sobre o qual eu falava de encontros felizes que havia tido com pessoas que para mim são muito queridas. E volto a recorrer a ela nesta época de fim de ano quando chegam as festas de Natal e Ano Novo e com elas uma certa angústia por acharmos que temos de conviver com parentes e pessoas com os quais não temos afinidade alguma porque a ocasião assim exige de nós. É tempo de refletirmos um pouco sobre isso: será que isso é mesmo preciso?A época é de confraternização e somente nos confraternizamos com pessoas com as quais mantemos relações fraternas - ou seja - relacionamentos que genuinamente nos remetem àquele sentimento de irmandade que nem sempre existe de forma verdadeira entre pessoas ligadas pela consangüinidade. Parece incrível mas, olhando para trás, percebo que em muitos momentos de dificuldades maiores em minha vida, quem esteve ao meu lado para o que desse e viesse foram amigos muito próximos e queridos e em muitos destes momentos meus parentes consangüíneos mantiveram-se distantes e alheios às minhas necessidades.Mágoas não as tenho, mesmo porque, ao longo do tempo aprendi que as pessoas só mudam quando efetivamente querem isso e, assim, aceito as pessoas exatamente da forma e maneira que cada uma decidiu adotar para sua vida. Só que, aceita-las não implica necessariamente a obrigatoriedade e a vontade de conviver com elas: aceitação é sinônimo de respeito e não de "engolir sapos" e, desde então tenho me sentido mais livre e isenta de qualquer sentimento de culpa ao fazer minha lista de pessoas convidadas à minha casa para festas. Confraternizo-me, nas festas de final de ano, somente com aquelas pessoas cujas presenças, ao longo do ano, fizeram parte de meu cotidiano e de minha vida: por telefone, por e-mails, com visitas enfim, pessoas que estiveram literalmente presentes em meus momentos. E acho que é por isso que conseguimos, aqui em casa, nestas ocasiões, criar um real espírito de Natal: renascimento do que já existe, doação, alegria, irmandade... E alguns devem estar se perguntando: - "Mas será que isso é educado?". E a resposta para a pergunta é que, além de não ser nem um pouco indelicado, isso é genuíno, com ausência de falsos agrados e tensões que destoariam do espírito que deve reinar numa festa. Pense no assunto e providencie para si mesmo e para sua família um final de ano diferente: faça um levantamento em sua lista de possíveis convidados e prováveis visitas. Todas as vezes que, ao ler um nome - ou lembrar-se dele - você perceber um esboço de sorriso surgindo em seu rosto, confirme este nome em sua lista. E, todas as vezes que, ao ler determinado nome, uma sensação de desconforto surgir dentro de você, retire-o de sua lista porque talvez, obrigar-se a conviver com esta pessoa seja sinônimo de violentar-se em nome de convenções que não necessariamente deveriam aplicar-se a este momento. Acho que desta forma você conseguirá criar verdadeiramente um espírito de festa e de alegria à festa que você está organizando. O "aniversariante" do Natal deixou para nós uma mensagem que diz "Ama teu próximo como a ti mesmo".E isso significa que somente respeitando nossos próprios sentimentos e nossas vontades interiores, (sem que isso signifique violentar a outros ou desrespeita-los) estaremos fazendo com que muitas pessoas aprendam a nos respeitar como pessoas, revendo suas próprias atitudes, suas relações com os demais e tendo, mais uma vez, uma chance de mudar para melhor na vida, caso queiram. Enquanto seguirmos dando "ibope" a pessoas não merecedoras dele por conta de obrigações e laços de consangüinidade, somente estaremos incentivando nelas mesmas a atitude de indiferença, pouca sensibilidade e passividade com a qual interagem com seu ambiente no geral. Quem sabe uma certa "escassez" de convites não as faça refletir um pouco sobre como têm agido e se relacionado com as demais pessoas? E, quem sabe, assim, nos próximos Natais e Anos Novos tenhamos sim, nossa casa novamente cheia de amigos e parentes com os quais tenhamos tido uma relação fraternal ao longo de todos os meses do ano? Pensem nisso. Quero lembra-los também que, a partir de hoje, já podemos dar início aos cumprimentos Natalinos: desde o início do mês de dezembro cartões e mensagens podem começar a ser enviados. E aproveito para desejar a todos um Feliz Natal: seja solidário com alguém ou alguma instituição, ajude a organizar uma Ceia para quem não pode fazer isto, faça uma pequena compra de brinquedos e doe-a para uma creche enfim, além de sua festa, doe-se um pouco e você verá quão mais feliz será seu Natal! E um Ano Novo também bastante especial para todos vocês é o que eu desejo: que em "2011" cada um de nós assuma nossa parcela de responsabilidade para com o país, para com a comunidade da qual somos parte, que cada um de nós consiga entender que, quando nos imbuímos da vontade de "fazer acontecer" e viver bem, as chances de que isso aconteça são enormes e, certamente, irão acontecer. Saúde, Alegria e muita Paz!
Autora: Célia Leão (www.etiquetacelialeao.com.br), publicado com autorização.

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