A vida é efêmera

"O PRINCIPAL É SE EMOCIONAR, AMAR, TER ESPERANÇA, VIBRAR, VIVER." (Auguste Rodin).

Tenho estado muito reflexiva desde a perda de minha irmã. Eventos drásticos e definitivos como este nos chacoalham e nos fazem repensar tudo.

Constatei que tenho muita coisa que não irá comigo de jeito nenhum quando eu daqui me for. 

E como quero viver uma vida com "a bagagem mais leve", decidi que, começando o ano e tendo tempo, farei com que meus armários se esvaziem: por aqui quero somente o que eu preciso e o que eu genuinamente aprecio... "Ladies", o tailleur do Valentino segue sendo uma meta a ser atingida por aqui; o que significa que ele seguirá em meu armário...

Decidi ter parcimônia em tudo, exceto no afeto e na expressão de meu amor por todos os que me são caros - que delicia é poder mimar aos que a gente ama.

Apesar da tristeza da perda e da dor que isso acarreta, mais que nunca estou atenta para não me tornar mais uma destas muitas pessoas "em preto-e-branco" que deixaram a esperança pelo meio do caminho e se esqueceram da sensação ímpar que vibrar por nossas coisas e pelas coisas dos que amamos significa...

A vida é de fato efêmera e curta. E, por isto, quero mesmo curtir cada nova conquista de Pedro e de Melissa, quero aplaudir o esforço do Felipe por ter superado seus demônios interiores e estar batalhando por seu sucesso e sua vida confortável. Quero seguir amando a ele, ao Fernando e à Iris, independentemente de não mais estar ligada ao elo que nos fez uma família por tanto tempo.

Adoro perceber que minha vida segue cheia de atividades, cheia de planos. E rica em alegria e em amor: delicia receber um e-mail matinal carinhoso que me deseja um bom dia, priceless ouvir um "se cuide, tenha juízo" nas despedidas, impagável checar e-mails quase na hora de dormir e me pegar rindo alto com todas as besteiras de bom gosto que alguém me enviou para que eu dormisse rindo...

Nosso tempo e nossa agenda quem constrói e quem planeja somos nós: nunca é tarde para nada que nos faça mais leves, mais sorridentes. E mais felizes.

Autora: Célia Leão (www.etiquetacelialeao.com.br), publicado com autorização.